Só precisamos de saber procurar...

7 biliões, 80 milhões e 360 mil pessoas. E poucos de nós se apercebem das ligações...

Um antigo mito chinês sobre o Fio Vermelho do Destino diz que os deuses prendem um fio vermelho no tornozelo de cada um de nós e o unem a todas as pessoas cujas vidas estamos destinados a tocar. Esse fio pode esticar-se ou emaranhar-se. Mas nunca se irá partir. [Touch]

sábado, 3 de agosto de 2013

Latitudes e temporalidades… Onde e quando?








Chegamos…

Quando chegamos?



Chegamos cedo demais quando ainda nem sabemos o que queremos ou chegamos tarde demais quando já há demasiados padrões a que tendemos pertencer e repetir.

Preferimos a paixão que chega cedo demais e desaparece ainda mais cedo, ou o amor que por vezes chega tarde demais e já tem demasiados novelos a enrolá-lo em mistos de desejos, expectativas ou resoluções de passado?

 Oscilo na percepção do que somos e do que queremos. E acredito que amamos. Pois linhas contínuas não são sinal de vida e linhas que oscilam depressa demais são sinal de perigo. Gosto de sentir o bater sereno cá dentro da certeza do que vem.

Chegar longe é chegar perto, e às vezes o longe fica perto basta redefinirmos onde queremos chegar. Basta definir altitude e latitude e depois deixar voar como se de um balão de ar quente se tratasse, que sabe onde quer ir, mas deixa-se levar pelo vento leve e solto.

Se chegamos longe dizemos que fomos longe demais, se ficámos por pouco dizemos que faltou o quase e nesta corda bamba vamos saltitando, olhando o horizonte e desejando o infinito enquanto nos contentamos com o chão descalço que sentimos. Nem sempre deixamos que aconteça o verdadeiro encontro, o verdadeiro toque, pois preferimos a vida certa e constante de uma linha continua que não nos define nem em latitude, nem em altitude. E por entre partidas e regressos, encontros e reencontros nos vamos retraçando, reencontrando, perdendo e deixando que os outros se estilhacem em nós. Para que no fim, nos encontremos perdidos em cada um dos outros que aqui se cruzam.




“Descreve-me a tua latitude (em mim)… Põe um pouco de delicadeza no que escreveres.”

 (adaptado de Thiago Petit)

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